terça-feira, 29 de maio de 2018

SALVE, SALVE MEU REI, TUDO MASSA AÊ?


APRESENTA:
GUIA BÁSICO DE SOBREVIVÊNCIA INTELECTUAL


Músicas oração

Salve, salve meu rei, tudo massa aê?

Rapaz eu tenho ouvido tanta meninada pelas ladeiras de Botucatu a me dizer: ‘’Ô seu Pedrito, canta aquela da sua terra, que parece uma oração de tão bonita’’.

Oxê menino, não sou cantor não, às vezes brinco de cantador, recorrendo quase sempre aos sambas dos conterrâneos de Recôncavo baiano, dos meus parceirinhos soteropolitanos, toda aquela turminha boa do nosso nordeste cheio de axé e arte!

Nosso poetinha, o capitão do mato Vinícius de Moraes, já dizia que um bom samba é uma forma de oração e é desse tipo de música boa que vou assuntar com você.

Eu tô é chamando de ‘’música-oração’’ aquelas que a gente quando ouve se sente tomado por completo, daquele momento que não queremos que acabe nunca mais. Pode ser acompanhada na palma da mão, naquele coro igual de trio elétrico, com o coração batendo mais forte que tambor de Olodum, aquele lance tribal mesmo. Mas pode ser um encontro com o sagrado, o místico, a conexão por dentro das entranhas de nossa intimidade, com a fundura do cerne do afeto.

Mas como bom baiano, falo a partir da mistura, do sincretismo, desse caldo que não se aponta para nenhuma religião ou crença, que toca certeiro qualquer coração avexado. Como meu amigo paraibano Chico César cantou com seu ‘’guru’', que pra ser boa praça, pra ser massa de verdade, nada de massificar o axé de ninguém.

E de belezura de música-oração a gente pode é listar quase uma enciclopédia inteira. Pois é tanta lindeza que fico aperreado de ter que escolher uma só. Pra você ter uma ideia meu rei, tem o nosso mestre Gilberto Gil, que fez um disco inteirinho só com preciosidades, corra lá e escute ‘’Gil Luminoso’’ e se tu não sentir um calor no coração, o próximo acarajé é por minha conta.

Mas se é de coragem que a vida nos pede, vou tomar a minha dose e escolher apenas uma, de Raulzito, que pouca gente conhece, mas quando toca só vejo a meninada acompanhando na palma da mão. É dessas raridades, como tesouro encravado na rocha, que me deu vontade de cantar pra você:

Ê, meu pai
Olha teu filho meu pai
Ê, meu pai, olha teu filho meu pai
Ê, meu pai, ajuda o filho meu pai
Quando eu cair no chão segura a minha mão
Me ajuda a levantar para lutar
Se o medo da loucura nessa estrada escura
Me afastar da luz que me conduz
Seu eu me sentir sozinho ou sair do caminho
E a dor vier de noite me assustar.
E por aqui fica meu axé, meu desejo de proteção a todos nós e de muitos outros novos encontros por aqui!

Abre-te-sésamo
CBS – 1980

Seu Pedrito é um baiano arretado, que já compôs alguns sambinhas. ‘’Com umas e outras na cabeça eu vou cantar, eu vou cantar, para esquecer essa vida saí de baixo tão ruim’’.

terça-feira, 22 de maio de 2018

PALESTRA - MANDATO PARTICIPATIVO NO LEGISLATIVO: UM EXPERIÊNCIA EM TATUÍ

Temos um convite especial para você...

O Mandato Participativo no Legislativo realizado pelo Coletivo Sementes da Democracia em apoio ao NOIA, realizará uma palestra sobre demandas da nossa política atual, abordando questões importantíssimas para o nosso desenvolvimento crítico-político com o vereador do PT da cidade de Tatuí, Eduardo Sallum.


Vamos nos politizar!
Compareça, contamos com a sua presença.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

SAUDAÇÕES, SOU HÉLIO SAMPAIO

APRESENTA:
GUIA DE SOBREVIVÊNCIA INTELECTUAL

Saudações!


Sou Hélio Sampaio e vim aqui contar histórias a respeito de coisas que me ajudaram a sobreviver ao longo desses meus trin... enfim... desses anos que consegui me manter vivo, graças a uma série de válvulas de escape - dentre elas, músicas, livros, filmes, ''boas frutas, pães e vinhos'', ''gente certa, gente aberta''...

Certa vez, entrei na casa de um amigo, ''sai da sala e fui pro porão'' e lá, fuçando em LP's, me deparei com uma coletânea de MPB, ano 1973, cuja capa chamou-me a atenção por trazer caricaturas dos intérpretes (e/ou compositores) das faixas ali presentes. Um deles, então desconhecido para mim (e para muitos até hoje), feio e magrelo, chamou-me a atenção. Sua faixa no disco era ''Cala a boca, Zebedeu'', que conta a história de uma esposa ''jararaca'' que calava o marido, dizendo ''não se meta comigo/porque na minha vida quem manda sou eu!''. 

Guardei o nome e a cara daquele artista. Algum tempo depois, num boteco controverso da minha cidade natal, eis que me deparo com uma amiga e (minha) guru musical, e, ao perguntar-lhe qual era a boa, tenho como resposta cantarolada: ''Eu quero é botar meu bloco na rua...'', e daí em diante eu lembrava que já tinha ouvido a voz de ''Cala a boca, Zebedeu'' em algum lugar!!

Tratava-se de Sérgio Sampaio. Na mesma conversa, vim a saber que ambas as faixas eram do mesmo albúm, que também levava o nome ''(...) bloco na rua''. O refrão do ''bloco'' virou bordão nacional e atemporal, mas essa faixa não é a melhor do disco. Nele, ''um Sampaio teimoso'' toca ''samba e rock, balada e baioque'', misturando influências de Kafka, Augusto dos Anjos e Orlando Silva, numa pegada ácida e lisérgica, melancólica e surrealista. Como um Salvador Dali da MPB!

É um disco fantástico; um tesouro obscuro de um compositor maiúsculo. Aliás, o ''Sampaio'' da minha assinatura vem do ídolo Sérgio. E depois dele, botei meu bloco numa rua que me levou a outros nomes do underground tupiniquim: Oiticica, Macalé, Melodia, Sganzerla, Mojica, Torquato... mas isso é papo para uma outra Sexta qualquer! 

Amplos amplexos!

Eu quero é botar meu bloco na rua 
Philips - 1973

Hélio Sampaio é entusiasta da cultura brasileira...um retirante do universo contracultural, devido às circunstâncias da vida (e da sobrevivência). 

terça-feira, 15 de maio de 2018

MINA AMORA



Através de poucas palavras
Eu lhe escrevo
Pra dizer, que nesse momento
Ter um belo sentimento
É o que eu mais almejo

Quero encher meu coração de paz
Be bel, quero que saiba
Que é com a força que você me traz
Encher meu coração de amor
E poder te dizer isso sem nenhum pudor

Me disseram pra dar vazão ao sentimento
Mas preciso saber
Se quer dividir comigo esse momento

Ouvi dizer que se apaixonar
É muito maneiro
Metas para 2018?
É poder te dizer isso de janeiro a janeiro

Poesia é poder se expressar
Gosto de você
Só não vai chorar

Lucas Blanco 

sábado, 12 de maio de 2018

UM CONSELHO PARA MIM MESMO

Calma!
Esse ano é de fato desafiador para os que estão prestando vestibular e lutando pelo seu sonho.
Mas no meio da correria e rotina se permita respirar, relaxar.
Se permita alguma vez dormir mais cinco minutinhos.
Se permita saborear seu almoço, sentir todos os sabores e cores.
Se permita admirar o céu azul.
Se permita devorar uma barra inteira de chocolate na hora da ansiedade ou tomar um banho no meio do dia.

E sabe de uma coisa?
Tá tudo bem querer chorar, chora! Chora mesmo, tire toda essa angústia de dentro. Que depois da tempestade, vem a calmaria. 
E devemos acreditar sim, vai ficar tudo bem.

Se permita e se respeite. Nosso corpo pode não aguentar e pedir descanso, e tá tudo bem! Nessa hora, coloque uma roupa confortável e algo que nutra sua alma. Ler um livro, escutar uma música, cozinhar, fazer esportes.

Saiba que esse caminho não precisa ser sofrido e nem angustiante, Aliás, nem deve!
E no final, se levar de maneira leve, as coisas serão mais leves.
E a vida precisa de leveza!

Respira, inspira e acredita!
Vai dar tudo certo.  

Anônimo.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

BATE PAPO COM DIANE DIERCKX


Vamos dar início ao nosso lindo projeto: BATE PAPO COM, que consiste em perguntinhas feitas para os nossos incríveis professores, que vão nos dizer como foi que lidaram com a pressão pré-vestibular e se sempre tiveram certeza da faculdade que queriam prestar, afinal, é sempre muito bom saber como isso os afetou, porque assim como nós, pré-vestibulandos, eles também passaram pelo mesmo processo.

A primeira a nos dar a honra é a Diane, professora de História.

Ilustração: Victoria Rodrigues

Confira agorinha, esta entrevista linda...


1. Qual a sua expectativa para esse ano de 2018?
‘’A turma deste ano é bastante atenta às aulas de História, participativa e questionadora. No entanto, sinto pouca participação ativa nas tardes integradoras e percebo que há alunos que, mesmo matriculados, nunca estão presentes. A equipe (todo mundo da escola) conseguiu se configurar de maneira muito funcional, o que tende a otimizar o processo de ensino-aprendizagem.
Assim, as expectativas são muito positivas. Embora, seja sempre possível ao aluno assumir de maneira cada vez mais assertiva sua aprendizagem. Acredito que a mudança do NOIA foi fundamental nesse processo, pois acelerou – talvez até, aprofundou – os laços necessários para que nosso maior objetivo, a aprovação no vestibular, seja atingido''.

2. Como é seu método de ensino?
‘’Não tenho um método definido. A turma regula as estratégias que escolho. Contudo, há alguns aspectos que julgo fundamentais, como a localização no tempo e o domínio dos conceitos básicos. Visando à preparação para uma prova de vestibular, penso que as questões dissertativas são mais produtivas que as de alternativas, pois exigem desenvolvimento de ideias e mais complexidade de pensamento’’.

3. Como você lidou com a pressão pré-vestibular?
‘’A primeira vez que fiz a prova, eu não soube lidar com a situação. Lembro que na noite anterior à prova, não dormi de tanta ansiedade. No fim das contas, acabei passando em História na UNESP de Franca, mas repeti o terceiro ano do médio. Por conta disso, imagino, quando fui fazer a prova novamente, estava muito tranquila e acabei muito bem classificada no mesmo curso, mas agora pelo campus de Assis’’.

4. Na sua opinião, qual a melhor forma de se concentrar na hora dos estudos?
‘’Resistir às redes sociais e às séries, ou seja, saber utilizar a internet a favor do estudo. No caso das ciências humanas, é possível navegar para obter diversos tipos de informações, consultar dicionários, mapas, etc. É fundamental que se faça anotações, de preferência comparando ou relacionando com outros temas já estudados. Quanto mais fontes consultadas e mais leituras realizadas, maior eficiência no seu estudo de História. Fazer exercícios e simulados é uma excelente maneira de descobrir onde melhorar’’.

5. O que te levou a seguir a profissão de professora?
‘’Eu venho de uma família de professores, de lado de mãe e pai. Por incrível que pareça, uma de minhas brincadeiras preferidas quando menina, era a de ser professora. Tive poucos professores bons e testemunhei grandes estragos feitos por aqueles que eram ruins, inclusive na minha vida. Tornei-me professora para poder fazer diferente da grande maioria desses que me deram aula e porque, do meu ponto de vista, é a maneira mais eficiente e bonita de fazer a revolução. Além do mais, é uma profissão que te permite viver de maneira extremamente intensa e estar sempre aprendendo. O tédio nunca se faz presente para quem é professor’’.

6. O que te inspira?
‘’O brilho nos olhos e o sorriso do aluno – já comentei que odeio a palavra aluno, pois ela significa, aquele que não tem luz ? – que tem dificuldade e finalmente ‘’entende a matéria’’ é algo que não tem preço. É muito, muito prazeroso. O interesse e participação dos alunos que me inspiram espacialmente. Não sei dizer se todo professor é assim, mas meu tesão é proporcional ao tesão da turma e tenho certeza que o inverso é também verdadeiro, o que faz minha profissão mais inspiradora ainda’’.

7. Indique 1 música, 1 filme e 1 livro.
-Uma música: ‘Carta de Amor’ de Maria Bethânia, porque tem o poder de uma oração.
-Um filme: ‘Cinema Paradiso’ de Giuseppe Tornatore, de 1988, pois toda vez que assisto, choro. Um ode à amizade e ao cinema.
-Um livro: ‘O livro do riso e do esquecimento’. Obra de Milan Kundera, que aborda a questão da memória e juventude no contexto da República Tcheca pós invasão russa em 1968.

8. Você sempre teve certeza da faculdade que queria prestar?
''Durante muito tempo pensei em veterinária ou biologia, pois gosto muito e tenho curiosidade por animais. Quando percebi que havia uma série de outros fatores importantes, além do gosto pelos bichos, pensei em cinema. Mais uma vez, me levei pela paixão. Letras e História passaram a ser as novas escolhas, especialmente pelo gosto pelas narrativas. No ato da inscrição, o medo da língua estrangeira acabou me conduzindo pra História''.

9. Deixe um recadinho para os alunos!
‘’Só se aprende errando, não tenham medo de errar. Como disse acima, a mudança de prédio da escola está sendo uma oportunidade para que possamos otimizar as relações entre aquele que ensina e aquele que aprende’’.

Até a próxima <3 
Verônica Camargo. 

quinta-feira, 3 de maio de 2018

GUIA BÁSICO DE SOBREVIVÊNCIA INTELECTUAL

Sabe aquele momento em que não sabemos o que pensar, para onde caminhar, o que fazer da vida? Sabe aquela hora em que tudo o que precisamos é de um corrimão na escadaria ébria ao final do baile? Sabe – este exemplo é infalível – quando vamos ao cinema e no escuro da sala, sem sabermos exatamente onde estará nosso assento, tateamos os encostos das poltronas vizinhas? Pois bem, nessa hora, já diria o grande Guimarães Rosa, o que a “vida quer da gente é coragem”!
É sobre essa coragem que este texto vai falar. É acerca desses momentos, em que aparecem “uma pedra no meio do caminho” de Drummond e de gente como a gente, que esse texto quer contar. Mas, é também sobre o avesso da pedra, sobre o contrário da dor, por fim, sobre a alegria e aposta na vida, que esse texto lhe dirá! Viva mestre Belchior, que aqui no cursinho N.O.I.A. nos embala o ano todo com o bordão: “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”!!! Portanto, essas palavras serão para pensar sobre coisas que não morrem, sobre “sonhos que não envelhecem”, né, Lô e Milton?
Vamos explicar melhor, é pra já! 
Nós, do cursinho N.O.I.A., sempre fomos preocupados e ocupados em formar nossos alunos de modo integral. Nunca nos limitamos somente às fórmulas de Física ou à tabela periódica, nem sobre o Trópico de Capricórnio, da Geografia, ou ainda à formação do Reino Fungi, da Biologia. Buscamos, em mais de 30 anos de experiência em educação, tornar o estudo uma atividade eterna de compreensão do mundo e da vida. Deste modo, produzimos, constantemente, conhecimento e – o mais importante – temos prazer em compartilhá-lo! Disso tudo, surgiu a ideia do Guia Básico de Sobrevivência Intelectual que aqui apresentamos.
A ideia apareceu em uma reunião de professores do N.O.I.A.: “de repente, não mais que de repente”, estávamos debatendo sobre a importância que alguns livros, filmes, músicas, quadros e peças tiveram em nossa formação. Transitamos, na maior empolgação, por coisas como Orwell, Clarice, Chico, Ben, Kafka, Bethânia, Lennon, “Tempos Modernos”, Tarsila, entre outros. Daí, foi um pulo e concluímos: e se criássemos um guia básico com indicações daquilo que consideramos essencial, elementar (“meu caro, Watson!”) para se formar intelectualmente? Eureka! A semente do Guia Básico de Sobrevivência Intelectual, naquele momento, tinha nascido!!!
O Guia, que você lerá daqui para frente neste jornal, buscará reunir tudo o que somos, tudo o que pensamos sobre a vida! A proposta é trazer até você, leitor, especialmente estudante, dicas de livros, contos, poesias, músicas e canções, peças teatrais, espetáculos de dança, filmes, curta metragens, documentários, pinturas e esculturas que entendemos como sendo fundamentais para um possível bem viver. Para pegar um exemplo, lembra da alegoria do cinema no primeiro parágrafo deste texto? Então, cada suave toque no encosto das poltronas, procurando seu assento, representa um disco, um livro, filme, enfim, uma procura por uma formação significativa! É como se cada ''poltrona'' dessas o(a) guiasse por um caminho de conhecimento. 

Vamos nessa?!
Até breve, em nossa próxima publicação!
''It's a long way''...

Um abraço apertado da equipe do N.O.I.A., cursinho pré-universitário.

Última postagem

BATE PAPO COM RENATO FERNANDES