terça-feira, 11 de dezembro de 2018

BATE PAPO COM RENATO FERNANDES

A entrevista de hoje é com o Renato, professor de Física.

Ilustração:Victoria Rodrigues
www.victoriarodrigues.com

1.Qual a sua expectativa para esse ano de 2018?
'‘Sempre imagino que o próximo ano vai ser melhor, sempre vejo o ano novo como um recomeço para tudo, a expectativa é de muito trabalho e muito o que aprender’’.

2.Como é seu método de ensino?
‘’Me baseio na relação humana, tento me aproximar ao máximo dos meus alunos, para conseguir esta relação. Gosto muito do humor e brincadeiras para conquistar isso, naturalmente as coisas vão acontecendo’’.

3.Como você lidou com a pressão do vestibular?
'‘Primeiramente não muito bem, entrei em um mundo que colocava o vestibular em um grande templo, parecia algo endeusado, mas depois percebi que existem outras coisas muito, muito mais importantes e valiosas na vida, então relaxei e deu tudo certo’’.

4.Na sua opinião, qual a melhor forma de se concentrar nos estudos?
‘’Usando as suas próprias palavras para descrever o que se está estudando, podendo até criar histórias sobre o assunto, mas você transformar o conhecimento para si, sem perder a essência, é uma boa forma de estudar’’.

5.O que te levou a seguir a profissão de professor?
‘’É um vírus, não tem como fugir, depois que você compreende que professor é dar autonomia para seus alunos, é participar da construção do outro, não tem como sair mais’’.

6.O que te inspira?
‘’Assim como no teatro, como no esporte, a emoção vem do público, no meu caso, vem dos alunos, não tem como não se emocionar e torcer por eles’’.

7.Indique 1 música, 1 filme e 1 livro.
-Música, são tantas né, gosto das músicas que inspiram a continuar batalhando, seguindo, como as do Rappa e Emicida.
-Filme: O Rei Leão.
-Livro: Servidão Voluntária, Etienne.

8.Você sempre teve certeza da faculdade que queria prestar?
‘’Não, eu quase fui fazer tantas coisas que quase me formei em tudo, depois veio a decisão’’.

9.Deixe um recadinho para os alunos...
‘’Acreditar sempre, continuar seguindo, o mundo vai muito além de qualquer prova’’.

Até a próxima <3 
Verônica Camargo 

terça-feira, 13 de novembro de 2018

MERCADO DO AFETO



Qual o valor
de uma troca
de afetos?
Há ousadia
para estimar
um preço?
O toque nas costas
fruto de um abraço
[...]
O beijo carinhoso
[...]
Quanto custa?
As mãos entrelaçadas
As rugas no canto
dos olhos repuxados
frutos de um sorriso?
Qual objeto vale
tanto quanto
uma palavra amiga?
Desde sua origem latina
Affectio
É relação
Sem posição
Sem duração
Sem objetificação
Quanto vale
Tudo aquilo
que não se pode tocar
com a mão
Mas se pode esbanjar
com o coração?

Rian Beduschi 

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

AS REVISÕES COMEÇARAM!!!!!!!!!

As revisões abertas para a primeira fase da UNESP começaram hoje, dia 05/11/18 e estarão acontecendo no Cine Janelas, que fica dentro do Espaço Cultural. Hoje começamos com a revisão de física, com a professora Nora e matemática, com o professor Bruno.








Sabe o que foi mais incrível? Estava lotado de gente!
A Norinha disse, que estava feliz em ver tanta gente reunida com vontade de estudar. Que lindo, né?

Lembrando que amanhã, terá revisão de matemática, com a professora Tati e história com o professor Tiago.


Até as próximas revisões <3

Verônica Camargo

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

BATE PAPO COM THIAGO DINIZ

A entrevista de hoje é com o Thiago, professor de Química e Biologia. 

Ilustração: Victoria Rodrigues

1. Qual a sua expectativa para esse ano de 2018?
''Minha expectativa sempre é muito alta e as melhores possíveis, digo isso considerando dois aspectos: o primeiro tem relação com o que espero para o meu trabalho como professor durante o ano, o segundo tem relação com os alunos que conviveremos durante ano. Para 2018 quero, ao fim do ano, o olhar para o que realizei como professor e ter a segurança que fiz o melhor que poderia ter feito frente as situações enfrentadas ao longo desse período. Também trago expectativas em relação aos alunos, sempre espero e quero que eles possam chegar ao fim do ano e nos dizer coisas do tipo como “foi legal passar um ano aqui”; “tive bons momentos esse ano”; “eu mudei”. Posso dizer que quando o movimento de final de ano traz relatos dessa natureza minhas expectativas passam do plano das ideias para o plano material das nossas vidas''. 

2. Como é seu método de ensino?
''Não sei bem se tenho um método, ou se tenho vários. Mas posso apontar algumas características que reconheço nas minhas aulas. Acho essencial para um bom trabalho o professor sempre envolver os alunos nas aulas, para mim o aluno tem que participar da aula. Se o aluno chega ali, senta e fica escutando um ser falar, ele foi a uma palestra, não a uma aula. Eu não gosto de dar palestras, eu gosto e quero dar aulas! Na preparação das aulas procuro inserir momentos nos quais os alunos têm que dialogar comigo, seja respondendo pergunta lançadas por mim, seja apresentando justificativas às resoluções de exercícios apresentadas à sala ou realizando alguma tarefa mais direcionada. Posso dizer então que que adoto o método do diálogo, claro se essa questão se configurar como método. Outro ponto que reconheço praticar na minha atuação como professor é zelar por uma relação verdadeira com meus alunos, pois acredito que trazer a verdade para a relação entre os indivíduos condiciona confiança entre eles. Para o trabalho do professor e o desenvolvimento do aluno, a confiança é elemento importante. Buscar por uma relação verdadeira com os alunos implica em apontar os acertos e também seus erros, implica em dizer-lhes suas forças e suas fraquezas na matéria, implica também no insistir que eles se debrucem sobre os assuntos que precisam ser melhor apreendidos por eles. Então, assim posso dizer que adoto o método da verdade, se existir um método da verdade''.

3. Como você lidou com a pressão do vestibular?
''Já faz algum tempo que prestei os vestibulares, por isso alguns elementos podem ter se perdido. Contudo, quando vestibulando não lembro de me sentir pressionado pelo vestibular. Acho que isso pode ter acontecido devido ao vestibular não ser uma obrigação para mim e sim uma possibilidade. Eu tinha a segurança de que fazia o melhor para aprender as matérias que os professores me apresentavam. Eu, consegui entender que poderia ter facilidade em algumas matérias e em outras apresentar dificuldades gigantescas e que estas precisariam de mais tempo para eu superar. Eu aceitei isso! Acho que aceitarmos que não somos, não precisamos e nunca seremos bons em tudo o que fazemos é um caminho para lidarmos com essa perigosa pressão que os vestibulares jogam em nossas costas''.

4. Na sua opinião, qual a melhor forma de se concentrar nos estudos?
''Essa é bastante interessante! Não há caminhos fáceis, muito menos curtos. Se você quer melhorar sua concentração ao estudar, sente e estude! Se precisar, sente novamente e estude, insista nesse movimento. Quanto mais você pratica determinada ação, menos custosa será a realização dessa ação. Não ache que isso será uma tarefa fácil, pois estudar é tão difícil quanto qualquer outro trabalho. Tem um autor italiano chamado Gramsci que diz o seguinte sobre o ato de estudar:

“Deve-se convencer a muita gente que o estudo é uma profissão, e muito fatigante, com um tirocínio particular próprio, não só intelectual, mas também muscular-nervoso: é um processo de adaptação, é um hábito adquirido com esforço, aborrecimento e sofrimento”

Em outras palavras, quando estiver querendo concentração para estudar se obrigue a superar o aborrecimento e sofrimento promovidos por essa sua ação. Ao assim fazer, você verá que estudar tem seus nuances prazerosos''.

5. O que te levou a seguir a profissão de professor?
''Eu não consigo dizer o que me levou a ser professor, ainda não descobri. Mas posso dizer o que me mantém como professor. Entendo que somos seres que se constroem a partir das inter-relações de dois arcabouços, o biológico e o social. O desenvolvimento biológico é garantido pela seleção natural e garante as nossas características físicas e fisiológicas de espécie. O desenvolvimento social é garantido pela apropriação dos conhecimentos e das construções culturais construídos pelas gerações que nos antecederam. Diferentemente do desenvolvimento biológico, o desenvolvimento social de cada indivíduo depende do quanto esse se apropria dos conhecimentos e das construções culturais das gerações anteriores. É nesse ponto que vejo a importância do trabalho do professor. Vejo o professor como o profissional responsável por criar situações nas quais os alunos tenham a possibilidade de construir o desenvolvimento social do seu ser. Ser professor é trabalhar diariamente para possibilitar o desenvolvimento social dos meus alunos, ou seja, é contribuir a formação de indivíduos pertencentes de uma sociedade. Ser professor é suprir a necessidade pessoal de me sentir útil para a sociedade. É me sentir um indivíduo ativo e contribuinte à construção da sociedade que vivemos''.

6. O que inspira?
''O que me move, o que me faz querer fazer sempre mais e melhor as atividades que me envolvo é sem dúvida corresponder à confiança depositada no meu trabalho e no meu modo de ser, quer por meus alunos, quer pelas pessoas com as quais eu convivo. Aqui vale uma ressalva. Quando me refiro a corresponder à confiança não é fazer o que os outros esperam que eu faça, é mais do que isso! Corresponder à confiança é entregar para as pessoas que depositam sua confiança no meu trabalho ou no meu ser, o compromisso de que farei o melhor possível dentro das condições que terei para fazê-lo. Desse modo corresponder a sua confiança em mim seria como entregar o meu melhor para você. Isso me move, isso me faz ser melhor!''. 

 7. Indique 1 música; 1 filme; 1 livro
-Música: O Anjo Mais Velho – Teatro Mágico.
-Filme: Trilogia de Jogos Vorazes.
-Livro: Admirável Mundo Novo – Autor: Aldous Huxley.

8. Você sempre teve certeza da faculdade que queria prestar?
''Posso dizer que sim, apesar de não ser tão simples esse “sim”. Eu tento explicar. A escolha pelo curso de Ciências Biológicas se deu principalmente pela estrutura familiar e também por conta das minhas capacidades intelectuais daquele momento. Minha família teria grandes dificuldades para me manter numa universidade fora da cidade em que eu morava, os custos para isso estavam fora do nosso orçamento. Como há um campus da UNESP na cidade em que eu residia, decidi escolher um entre os cursos oferecidos por essa unidade. Dentre os cursos ofertados ponderei o grau de dificuldade de ingresso em cada um deles. Com a segurança que minha escolha se dava a partir da minha condição de vida e que essa impunha limites às minhas possibilidades de escolha, optei pelo curso de Ciências Biológicas, por ser um curso que atendia a essa necessidade e ao mesmo tempo era uma matéria que eu tinha facilidade para estudar durante o período que fiz cursinho''.

9. Deixe um recadinho para os alunos.
''Não tenham medo de enfrentar o que te causa desconforto, angustia, o que te tira da zona de conforto ou o que expõe as suas fraquezas. Pelo contrário, arrisque-se justamente nesses pontos, não deixe de superar as dificuldades, pois só assim haverá crescimento pessoal, só assim haverá desenvolvimento do seu ser''.

Até a próxima <3

Verônica Camargo 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

DERRETO


Em toda alma
Com toda calma
Ela vai chegando
Brincando
Amando
Sorrindo
Se deliciando
Com todo teu amor
Arte que parte
Invade
Catarse
Que arde

Então... 
DERRETO!

Verônica Camargo

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

NOIANDO A ARTE ESTÁ CHEGANDO!

Os preparativos para o Noiando a Arte já estão rolando com tudo, para deixarmos um evento lindo, cheio de amor e muita arte.  






Este ano, temos como tema a Cultura das Minorias e estamos planejando cada detalhe, para que tudo fique maravilhoso e que você saia completamente abraçado pelo NOIA, cheio de positividade. Pois são questões de extrema importância para se discutir e fazendo isso através da arte, é muito mais divertido.


Data: 06/10
Horário: 14h
Valor: R$5,00 
Local: NOIA

Contamos com a presença linda de todos vocês <3
Até o NOIANDO A ARTE!

terça-feira, 25 de setembro de 2018

BATE PAPO COM RENATA CAMPAGNER

A entrevista de hoje é com a Renata, professora de Português. 

Ilustração: Victoria Rodrigues

1. Qual a sua expectativa para esse ano de 2018?
 ''Este ano, já consegui realizar algumas coisas que eu estava planejando e agora minha maior expectativa está nos resultados das eleições do nosso país''.

2. Como é seu método de ensino?
''Sinceramente não sei se adoto método específico. Depende do assunto, do público e de vários outros fatores para que eu adote não um método (considerando que método não atinge a variedade do aluno), mas uma postura, que varia e que sofre metamorfose no tempo urgente''.

3. Como você lidou com a pressão pré-vestibular?
''Formada no Estado, fiz dois ensinos médios concomitantes, sendo um técnico em nutrição e outro regular. Isso me ajudou a estudar bastante. O normal era estudar 6 horas e eu estudava 12, além de ter mais dever, mais provas. Quando concluí o médio regular, ainda fiz mais um ano do técnico e estudei em casa os conteúdos do vestibular. Prestei o vestibular e não passei. Então fui trabalhar no Rio e lá depois de 1 ano, prestei novamente. Fui selecionada para o transporte gratuito e durante a faculdade também sofri pressão e tive que estudar mais ainda''.

4. Na sua opinião, qual a melhor forma de se concentrar na hora dos estudos?
''Concentrar-se é muito individual. Eu me concentro facilmente com barulho, música, televisão, conversas, mas canso rápido e tenho que fazer pausas regulares. Além disso, comer uma fruta ou uma castanha, também me ajudam a ficar por mais tempo concentrada''.

5. O que te levou a seguir a profissão de professora?
''Sempre brinquei, quando criança, de escolinha e isso nasceu comigo. Amo a escola desde que a conheço. Tive professores bons, mas tive outros que inspiravam, conseguia sentir que amavam o que faziam. Ser professora não é uma escolha nossa, acredito. Nascemos professores!''. 

6. O que te inspira?
''Poesia, literatura, arte! Através da linguagem poética consigo enxergar o mundo''.

7. Indiquei 1 música, 1 filme e 1 livro.  
-Música: Preciso me encontrar – Carlota.
-Filme: Auto da Compadecida e Central do Brasil.
-Livro: A Rosa do Povo – Carlos Drummond de Andrade e Dom Quixote de La Mancha – Miguel de Cervantes. Foi um dos primeiros personagens clássicos que conheci e com ele abri meus horizontes aprendendo a ver o mundo diferente, entre o sonho e a realidade.

8. Você sempre teve a certeza da faculdade que queria prestar?
''Não, primeiro pensei e tentei Ciências Sociais. Depois comecei a estudar mais o Português e ler mais obras clássicas da literatura, assim me apaixonei pelo curso de Letras. Quando conheci a ABL no Rio de Janeiro, saí e não tive mais dúvidas. Amei o curso desde o primeiro dia de aula''.

9. Deixe um recadinho para os alunos!
''O mais importante é sempre pensar se você fará algo e colocar sua energia com amor, você irá chegar ao seu objetivo. Quando você está confiante, se algo não dá certo, você não se decepciona. Faça cumprir o que deseja e não conte com a sorte, porque ‘’sorte’’ é para aqueles que nada fazem, aqueles que buscam não precisar contar com infortúnios''.

Até a próxima <3 

Verônica Camargo

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