A entrevista de hoje é com o Tomás, professor de Geografia.
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| Ilustração: Victoria Rodrigues |
1. Qual a sua expectativa para esse ano de 2018?
‘’2018
apareceu como um ano marcado por duas expectativas principais: Copa do Mundo e
eleições. A primeira já terminou em frustração (rs), vamos aguardar a segunda.
A expectativa está alta para uma eleição que restabeleça a ordem democrática e
um mínimo de desenvolvimento socioeconômico. No plano pessoal a gente cria um
monte de expectativas. Mas, já chegando em setembro, sobra a expectativa de se
sentir, como diria Belchior, apesar de muito moço, são e salvo e forte’’.
2. Como é seu
método de ensino?
‘’Meu método
de ensino é procurar me expressar para as pessoas que estão à minha frente e
não para as paredes ou cadeiras. A gente busca incluir alguma coisa que tenha
visto ou pensando no dia, alguma coisa que saiba que está na cabeça dos alunos,
algum espaço para o imprevisto. Essa forma de comunicação, que é o ensino, é
difícil porque a gente não pode abrir mão do papel de centralizador. Isso para
poder ajudar os alunos a enfrentarem o conhecimento instituído, que irá
aparecer nos vestibulares. Fora isso, o método é tentar, tentar e tentar de
novo, assim acredito que todo mundo vai podendo tirar alguma coisa para sua
própria construção’’.
3. Como você
lidou com a pressão pré-vestibular?
‘’Olha,
sinceramente não sofri tanto com a pressão pré-vestibular. Isso quando eu
estava prestando. Estou sofrendo mais de ansiedade por causa de vocês, alunos
(rs)!’’.
4. Na sua opinião,
qual a melhor forma de se concentrar na hora dos estudos?
‘’Para se concentrar
na hora de estudar eu recomendaria partir para o momento de estudo com uma
certa cerimônia. Ter o lugar certo, a hora certa e a atitude certa. Para mim,
por exemplo, funciona parar de ficar enrolando em casa, tomar um bom banho, ir
até uma biblioteca e ficar lá por umas 2, 3 ou 4 horas. Tome bastante tempo,
deixe as ideias circularem pela cabeça, não precisa estar concentrado na matéria
o tempo todo. A hora que você vê, as palavras dos livros e as coisas que acontecerem
na sua semana estão juntas na sua cabeça tentando fazer você compreender as
matérias’’.
5. O que te
levou a seguir a profissão de professor?
‘’A profissão
de professor surgiu (recentemente e depois de muito bater a cabeça) como uma
harmonia entre vontade e vocação. Achar o vento certo para meu barquinho’’.
6. O que te
inspira?
Sobre o que
me inspira, cito Oswald de Andrade:
''A vida não me
chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca
do povo na língua errada do povo
Língua certa
do povo’’.
7. Indique 1
música, 1 filme e 1 livro.
-Música:
Summertime – Louis Armstrong e Ella Fitzgerald.
-Filme:
Amarelo Manga.
-Livro: Cem
Anos de Solidão.
8. Você sempre
teve certeza da faculdade que queria prestar?
‘’Não, muito
pelo contrário! Comecei História e Relações Internacionais, pensei em mil
outras, só fui achar a Geografia por sorte (e insistência)’’.
9. Deixe um
recadinho para os alunos!
Galera, a
humanidade ainda não inventou nó que não possa ser desfeito. Se está difícil,
tem ajuda. Tamo junto, com muita alegria. Abração!’’.
Até a próxima <3
Verônica Camargo
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