terça-feira, 10 de abril de 2018

TEMPO PERDIDO?


Tempo perdido?



"Não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas agora
O que foi escondido é o que se escondeu  
E o que foi prometido ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido 
Somos tão jovens 
Tão jovens! Tão jovens!"

A última estrofe do poeta e cantor Renato Russo na música "Tempo Perdido" traz com sua maestria habitual, os anseios e medos de um tempo onde o novo e o velho parecem não encontrar abrigo. Acompanhar diariamente jovens e adolescentes parece contrariar tudo aquilo que o imaginário social nos diz sobre uma época da vida tão importante. 
Diferente das propagandas publicitárias a vida do jovem não é o "viva intensamente" do prazer eterno. Mas também não se encaixa naquilo que o adulto preconceituoso destila como o "aborrescente" descomprometido com o mundo (o famoso na "minha época era diferente"...).
Então afinal o que querem os jovens?
Resposta difícil, mas daria um palpite, não querem repetir, principalmente não toleram falsas promessas!
Se hoje nossos jovens não possuem grandes sonhos utópicos isso não significa que 
estão conformados com a promessa de sucesso que oferecemos a eles. 
Dar voz e vez as suas falas, proporcionar condições para sentirem-se livres e responsáveis pelas suas posições, compromete-los com suas verdades mais genuínas. 
Esse é o sonho para uma geração em formação, esse é o sonho e o fazer de uma escola que se põe a resistir a tratar jovens e adolescentes como manadas indiferentes, prontas apenas para repetir caminhos tidos como consagrados.
A ideia de um jornal, em pleno cursinho pré-vestibular é dar voz a uma geração que tem muito a nos dizer, ainda que muitos os soterrem em rótulos de geração x, y, z, renegando todo seu potencial criativo e genuíno.
Para muitos "tempo perdido", para nós tempo vivido de amar e mudar as coisas. 

Sejam todos bem vindos. 

Rodrigo Ballalai

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