segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Quantas vezes você já se apaixonou pela alma de alguém?

   Por vezes, me peguei sonhando superficialidades caninas, rasas e disfarçadas de certezas. A paixão era simbiótica ao desejo e desespero de corpo e alma, ambos angustiados.
   No entanto, buracos vazios não se preenchem com olhos, sorrisos ou materialidades supérfluas. Oblíqua ideia impulsiva!
   Amores cessam sem sequer terem começado quando quando a impulsividade carnal insuficiente faz morada em nós, gritando mais do que pode a frequência dos ouvidos de almas agudas escutar.
   Almas não amam por solidão, gratidão ou pena. Elas existem singularmente, inteiras, sem necessidade de complementos. Ao procurar alguém, a busca é por si mesmo. Vontades são intrísecas, leitor.
   Espíritos dialogam, compreendem e entram em sintonia quando lentes esperançosas acrescem no esclarecimento do indivíduo.
   Após esclarecidas, independem de luxos e podem se manifestar e, com sua delicadeza, decidir se render.
   Atualmente, minha alma se alimenta só. Não se entrega a nenhuma outra, mas se faz de instrumento de cordas. Não há afinação possível para que seja suficientemente audível. Arpejo, em ré menor. Fujo de dós, procurando tu e mi, ao sol. Caso tal melodia não agrade, busque si.

~ pxxsxntxxur


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