quinta-feira, 28 de junho de 2018

Ô, MEU! BELEZA? SOU TIÃO GENTE


APRESENTA
GUIA BÁSICO DE SOBREVIVÊNCIA INTELECTUAL

Ô, meu! Beleza?


A dica de hoje é rápida e rasteira! Dessas que, curtas e simples, cortam (para o bem ou para o mal). 

‘’Quando eu vim da minha terra, passei na enchente nadando’', como diria Vanzolini. Então, ‘’vamo-nos embora!’’. O trecho da minha casa para o mundão foi rico de visão, de ouvido, às vezes até de dinheiro. Este passou e voltou, como perfume em um baile de carnaval. Agora, o que os olhos fotografam, o que os ouvidos sentiram e a cabeça capturou, não sai. Isso fica e brota aqui dentro. Nessa trajetória toda, fiz nascentes em mim.

Opa! Agora que percebi, não me apresentei Inicialmente, vou fazer a apresentação formal, essa que aprendi com toda a vida de carregar pasta na mão esquerda, a do relógio. Vamos lá: sou Tião Gente, muito prazer!

Fui aquilo que costumo chamar de viajante-vendedor. Viajante com ‘’V’’ maiúsculo, sabe? Pois, mais viajava do que vendia. E o que vendia não importa mais, ficou no passado. Já os lugares por onde passei, se tornaram o presente, se tornaram o meu lugar. Assim, vou contar sobre as travessias da vida.

Quando imaginei que ficaria com tudo o que vivi guardado em mim e para poucas pessoas pacienciosas para o ouvir, me apareceu o Guia Básico de Sobrevivência Intelectual. Confesso que fiquei contente!

Então, chegou a hora!

Separei para vocês uma obra do cancioneiro poeta, popular, Belchior. Essa canção sempre me acompanhou nas andanças. Fala sobre os defeitos, perigos e delícias do viver, tanto que chama ‘’Brincando com a Vida’’.

Belchior, ex-estudante de medicina, saiu do Ceará para se atentar com as sutilezas do mundo e das pessoas. Costumo comentar – em minha insignificância, é claro!.. rs – que ele é como eu: um viajante nato.

Acho que, com isso, vocês começam a entender melhor quem sou. Colocar no volume máximo e sentir na carne a poesia (cheia de fúria e som) disto aqui, é o começo da minha apresentação pra valer, do jeitinho que gosto!

Todos os sentidos
Belchior, 1978. 

É isso! Abraço, meu!

 Até o próximo escrito... 

Tião Gente
 ''Chegamos na boca da noite, saí de madrugada''

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